“ O Caboclo de Lança é o protetor de uma orquestra que mantém a sonoridade dos tempos antigos de um povo que perdeu seu cacique, e que , por isso, precisa de guarda. Ele dança para proteger os sonhos de seu povo e o seu território. O habitante da terra era guerreiro, mas recebeu o europeu
Os moradores dos engenhos não vivem em “ parede de meia”. Casas conjugadas. Estão isoladas entre os caminhos de cana verde. Do meio do canavial foi se formando a brincadeira nos terreiros, locais de encontro, onde se mostrava a destreza dos movimentos e se confraternizaram os sentimentos dos homens. Com vestes diferentes de seu cotidiano, eles se transformavam em guerreiros que realizam lutas ancestrais. [.....]
Quando saía do canavial para a rua, o caboclo fazia medo. Parecia que o índio bravio estava de volta. A rua temia que esses homens das matas, dos canaviais, viessem a por em risco a tranqüilidade da vida urbana. Como reconheceu naqueles homens de rostos pintados e lança nas mãos os mesmos que, durante a semana, carregavam recados, cortavam cana, carregavam o caminhão, ou enchiam a jarra de água na cozinha da casa grande. [.....]
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